Não entre no blog nem o leia esperando lições de teologia vindas de um teólogo. Não sou teólogo. Estou mais para um maltrapilho, daqueles amados por Aba (se bem que acho que Deus ama todos os maltrapilhos, de alguma forma), cuja insistência por encontrar Deus nas diversidades da vida não se cansa e não se contunde.



Este blog é um lugar pessoal, um lugar exclusivo; não escrevo para nenhum terceiro. Escrevo para Aba e para mim. Minha contradição, minha loucura, por enquanto, que fiquem comigo; e enquanto Aba tiver prazer neste louco maltrapilho, assim quero permanecer.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

O amor furioso de Deus


Gosto muito de ler Brennan Manning e seus livros tem causado grande impacto em minha vida. No momento tenho lido um livro, intitulado “O anseio furioso de Deus” no qual ele nos leva a refletir sobre algumas coisas. Conforme eu refletir, pretendo escrever aqui no blog. Usarei um versículo diferente do que Brennan usa como inicial:

De longe se me deixou ver o Senhor, dizendo: Com amor eterno Eu te amei; por isso, com benignidade te atraí. (Jr 31.3)

Quando me deparei com a seguinte pergunta de Brennan Manning, “quando você lê a expressão ‘anseio furioso de Deus’, o que ela traz ao seu coração?”, a primeira coisa que me veio à mente foi este versículo de Jeremias, e logo em seguida me lembrei de um teatro conhecido do Lifehouse.
Para mim é muito forte quando leio Deus dizer ao Seu povo que com “amor eterno” os amou. Não sei se posso dizer que é um sentimento, ou uma atitude ou simplesmente o desejo de estar perto, mas sei que é eterno. O amor de Abba pelo Seu povo, o amor de Deus por mim e por você, querido, é eterno. Você consegue imaginar isso?
E esse amor é expresso em Cristo Jesus; é anunciado com toda intensidade possível, na cruz do Calvário em que Cristo foi crucificado. “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. [...] Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai, vos tenho dado a conhecer” (Jo 15.13 e 15)
Quando me recordo ou assisto ao teatro do Lifehouse em que nos mostra o ser humano criado por Deus seduzido, envolvido e escravo do pecado, mas querendo voltar; e o Criador insistindo como se estivesse puxando com uma corda o ser humano que havia criado para Si, isso é o amor de Deus. Ele sempre insiste. Ele nunca desiste.
Pode ter certeza querido que o amor violento de Deus fará de tudo para movê-lo para perto de Si, mesmo que seja preciso você perder coisas, você sofrer um pouco ou ser quebrado para poder ouvir a Sua voz dizendo: NÃO POSSO FICAR LONGE DE VOCÊ. ESTOU TE MOVENDO PARA PERTO DE MIM.
Passei por algumas situações onde Deus me mostrou esse desejo de estar perto do ser humano que Ele criara. Podia ouvir Deus chamando e me movendo para perto de Sua Presença e o Seu amor, demonstrado em Cristo, era o que me movia em meio ao meu coração contrito e abatido, para perto de Si.
Durante toda história podemos ver Deus preparando o mundo para que Sua comunhão com o ser humano fosse restaurada. Seu plano, creio, aponta para Tabernáculos, quando finalmente estaremos na Presença do Noivo e nos casaremos com Ele e teremos uma comunhão eterna.
No filme, A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, aparece Maria, mãe de Jesus, dizendo: “Quando, onde, como, decidirás ficar livre disto?” Cristo não decidiu ficar livre do sofrimento nem da morte, pois era necessário isso para que a comunhão da humanidade com Deus fosse restaura. Era necessária a cruz para religar o homem que estava sem Deus de volta ao seu Criador.
Quando nós descobrimos que o amor furioso ou o anseio furioso de Deus vai muito além das diferenças que o ser humano e o sistema impõem, a nossa vida como cristão será diferente. Deus é o Deus das viúvas, dos órfãos, dos pobres, das prostitutas, dos homoafetivos, dos viciados em drogas ou pornografia, dos ladrões e dos bêbados. Deus é o Deus de todos, pois Cristo não morreu pelos santos e Ele veio salvar os fariseus e religiosos. Cristo veio para os doentes, os pecadores que realmente necessitavam da graça. Esse é o amor de Deus.
Brennan Manning diz que ”o amor de Aba é furioso, não importando o estado em que a pessoa se encontre, pois o Seu amor jamais, jamais, jamais se baseia em nosso desempenho, jamais está condicionado ao nosso estado de espírito – se de entusiasmo ou depressão. O amor furioso de Deus não conhece nenhuma sombra de variação ou de mudança. É digno de confiança. E sempre terno.” Seu amor jamais muda.
Mais ou menos como diz uma canção de Bené Gomes, “que amor é esse que não mede o sacrifício para me salvar, para restaurar a minha vida por inteiro? Que amor é esse capaz de abrir de mão do bem mais precioso que um homem pode ter que é o seu próprio filho?” Que amor é esse de Deus? Que amor é esse, do qual nada pode nos separar?

Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? [...] Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Rm 8.35 e 38-39)

Pois irmãos, que amor é esse? Esse é o amor furioso de Deus ou o Seu anseio furioso de ter comunhão com o homem que Ele criou. Deus não muda e esse anseio permanece até hoje.

Um comentário: